quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O que é do diabo...

Hoje tirei o dia pra cuidar de mim
Nem me venha com “pra onde vamos?”
Você não está nos planos
Sinto muito ter que agir assim

Na verdade, não sinto, mas ao desdentado faminto,
Melhor sonhar com picanha do outro lado do muro
A ter de se virar aos murros com pedaço de pão duro
Não se preocupe, não faço somente a você distinto.

Da porta pra dentro, só eu e o que poderia ser eu
Sem ter que ser o mundo todo, entendeu?

Dito isso, meu bem, livre-se dessa cara
Amarrada, Enrugada, Emburrada que só ela
Larga mão de querela pela aquarela
Trate de dar um jeito nela,
Pois, a ela, palhaço nenhum sara

Se um dia voltar a me preocupar com os outros
Você será o primeiro, não o único
Palavras ao ar, sou verso solto

E não chie! Sabes bem que nunca o fora
E não seria agora, depois de ter tido
Eu comigo mesma, um aparte
Que tal sorte, mudaria destarte

Um comentário:

Ju Marques disse...

Em resposta, eu cantaria:

"Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água..."

Chico usa bem as palavras...

E sobre o texto: o que fere mais, é o que se pressupõe, e não necessariamente o que é!