Ninguém vai dormir aqui.
Não quero esconder minhas infelicidades
atrás de um rosto que se desfaz e sorri,
embaixo de um já amargurado travesseiro
ou esquecer tudo nas visões ilusórias dos sonhos que virão,
mais parecem saudades.
Quero ouvir a chuva lá fora bater com força na telha.
Poderia ser minha carne.
Quero ouvir a chuva molhar a terra.
Poderia ser meu sangue derramado na guerra.
Quero ouvir a chuva cair.
Poderia ser meu corpo, minha causa.
Que causa?
Não tenho causa, sou chuva sem propósito, que cai, e só cai.
“Feche os olhos, meu filho, e pense em algo bom”.
“Mãe, já pensei. O que eu faço quando abrir os olhos e vir que nada do que eu pensei existe?”.
“Existem coisas que você não pode ver. Só sentir. A chuva está lá fora.”
2 comentários:
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Mas que bela descoberta que eu fiz! Seu comentário fez todo o sentido, fez?! Fez...poético seu blog. Palavras bonitas,reais e duras. Como as dos grandes jornalistas.
Reative! Vale a pena, mesmo que não seja para postar com disciplina.
Beijos Grandes!
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